terça-feira, 15 de agosto de 2017

Minha depressão pós-parto

Em Abril de 2016 eu descobri que estava grávida.
Não foi uma gravidez planejada. Aos 15 anos ouvi de um médico que por ter ovários policísticos teria que fazer tratamento com anticoncepcional e que dificilmente eu engravidaria sem tratamento para tal. Estava tomando anticoncepcional e estava com outros planos. Passado o susto a ficha caiu...estava gravida!
Nesse ponto, é importante descrever como era minha vida até então: trabalhava 12 horas por dia, saía com amigos de diferentes turmas ao menos uma vez por semana, fazia academia (e gostava…muito!), adorava comprar roupas. Além disso, costumava dizer que era uma vida pautada em planejar a viagem anual de férias.
Depois de descobrir a gravidez, a minha vida permaneceu quase assim. Parei a academia (o sono não me permitia) e cortei o álcool. Mas segui firme e forte no trabalho (andando de moto), ate uma semana antes do parto. Nunca tive um enjoo sequer.
Li os livros indicados para “encantar o bebê”, tinha certeza que estava tudo entendido e que eu conseguiria compreendê-lo, afinal bastava “classificá-lo”e seguir as instruçōes.
No dia 24 de novembro de 2015, nasceu a Valentina. Ás 2 da manhã, depois de 5 horas de trabalho de parto, ela chegou por um parto normal, assim como eu havia planejado. 

E, a partir daquele momento, a minha vida se resumiu em uma única sensação: medo.
Primeiro o medo de sair da maternidade e voltar para casa, que me levou a uma crise de choro já no estacionamento. Ao olhar para o meu bebê pequena e indefesa ali na cadeirinha eu queria apenas desaparecer.
Nao tive nem de perto a sensação do “maior amor do mundo”, as lágrimas não foram de emoção, foram de desespero. Eu só pensava que aquela vida que eu tinha antes, jamais voltaria.
Numa sexta-feira calorosa e ensolarada viemos para casa, nem minha casa que eu adorava tanto parecia me acolher. Eu sequer sabia onde ficar dentro dela.
Nos dois dias que se seguiram, minha mãe ficou comigo, fazendo comida e dando apoio. Valentina pegou o peito já na maternidade direitinho, nunca tive uma fissura sequer, nada. Ela dormia boa parte do tempo, mas obviamente chorava em alguns momentos. Principalmente à noite. É nós simplesmente não fazíamos idéia de como acalmá-la (isso não vem nos livros). Balançava, acolhia e nada. Fazia o shhhhhh, charutinho e em algum momento ela acabava adormecendo. E eu não dormia, preocupada com a hora em que ela acordaria e eu não saberia o que fazer com ela. Dizia o livro que ela devia comer, depois fazer alguma atividade e depois dormiria, então eu teria um tempo pra mim. Mas que raio de atividade se faz com um bebê de 5 dias????
No 5o dia de vida dela fomos ao pediatra, a avaliação foi: engordou X gramas, está bom. Mas poderia estar melhor.
Pronto! Aquilo basicamente, me destruiu. A amamentação passou a ser um martírio: Valentina ficava uma hora e meia no peito e o médico dizia que ela deveria ficar no máximo 40 min. O mesmo dizia que ela devia sair desmaiado depois de mamar, isso NUNCA aconteceu até hoje…e eu me sentia um ET em forma de mãe. Uma amiga descreveu perfeitamente: foi como um homem ouvir que é brocha.
Depois disso, foi ladeira abaixo. Meu namorado perguntava se ela tinha mamado bastante, eu chorava porque não tinha a menor idéia. Minha mãe sugeria a mamadeira, eu chorava porque nunca tinha visto um bebê de um mês ter que tomar fórmula. Tomei e comi absolutamente tudo que diziam aumentar a produção de leite: nada funcionou. E com isso, parti mesmo para a mamadeira, meu primeiro atestado de incapacidade, como eu pensava na época.
Os dias se passavam, todos iguais. Minha mãe vinha e ficava comigo umas 3 horas, fazia o almoço, arrumava a casa e me dava um tempo para tomar banho e comer.
O resto do dia era uma solidão sem fim, sentada no sofá eu esperava ela acordar, dava de mamar e rezava para ela dormir de novo. Por medo de que ela chorasse, eu não saía de casa. Pelo mesmo motivo, eu não queria receber ninguém.
As noites eram uma tortura: geladas e solitárias, amamentando sozinha no quarto dela e vendo a vida dos outros em plena atividade na internet. As pessoas na academia, no happy hour, nos lugares que faziam parte da minha vida de antes.
Quando meu namorado ficava com ela, eu tomava um banho mais demorado e desatava a chorar.
Até hoje tenho escrito num caderninho ao lado da minha cama: 22 dias de medo. Era minha sensação depois de quase um mês.
Eu praticamente não tenho nenhuma lembrança boa desse primeiro mês, infelizmente.
Eu estava em transe e não entendia porque.
Foi então que aceitei que uma amiga fosse em casa para que eu pudesse me distrair um pouco eu praticamente só chorei, contei a ela da minha tristeza, da minha solidão e, por que não dizer, da minha decepção com tudo aquilo. De como eu queria desaparecer, ir embora e voltar daqui um ano, de como eu queria voltar a ter a minha vida tão boa de antes.
Nesse mesmo momento eu passei a ir para a casa da minha mãe alguns dias da semana. Lá eu me sentia melhor, ela me acompanhava dia e noite, acordava comigo nas madrugadas, cuidava de mim. Sempre voltava pra casa angustiada, cada vez mais.
Aos domingos, sabendo que no dia seguinte estaria sozinha, me faltava o ar, meu coração parecia que estava esmagado. Vieram as cólicas, mais desespero, mais choro. Os finais de tarde eram assustadores, me lembro de um em que ela chorava e eu rezava na lavandeira, pedia a Deus que me ajudasse, que me tirasse daquela situação. 
Depois de quase 2 meses nessa rotina, eu não conseguia  mais respirar, contava os minutos para meu namorado chegar do trabalho desde a hora em que ele saía de manhã.
A essa altura, minha mãe ficava quase todo dia em casa, só conseguia me sentir melhor  com ela lá. Ainda assim, ela saía para ir ao supermercado, eu ficava apavorada.
Praticamente, eu não tinha nenhum momento de felicidade, só conseguia sentir tristeza. Valentina crescia bem, saudável e eu não conseguia aproveitar nada.
Me lembro de um domingo, quando fomos a um churrasco na casa da minha mãe e eu não conseguia sequer conversar. Estava apática, hipnotizada por essa sensação horrorosa de medo. Me preocupava que ela chorasse, que ela estivesse sofrendo por algum motivo e eu sentia que precisava estar com ela o tempo todo para evitar isso.
Tentei me desgrudar da minha mãe e passei uma semana sozinha, sem que ela viesse em casa e eu tive uma crise, entrei em pânico, passei horas chorando e, de fato, achei que ia morrer. O único pensamento que eu tinha era: se eu sumir, sera que minha mãe cuida da minha filha? Talvez seja até melhor para ela pois não teria que conviver com uma mãe assim.
E enfim procurei ajuda e falei tudo o que sentia pro meu obstetra que confirmou o diagnóstico: depressão pós-parto.
Ele me explicou que isso era uma doença e que, como toda doença, precisa ser tratada com remédios. Disse ainda que essa crise foi resultado de uma queda brusca hormonal somada à uma cobraça muito forte comigo mesma, uma gravidez não planejada e uma expectativa muito alta (e, obviamente, nāo atingida).
Porém, a orientação mais importante que recebi foi: faça apenas o que tem vontade. Analisando hoje, acho que poucas vezes fiz só o que tinha vontade, isso porque o que os outros pensariam era uma preocupação constante na minha vida.
E assim, aos poucos e bem devagar, as coisas foram entrando nos eixos. Eu comecei a reconhecer as pequenas felicidades nas evoluçōes da Valentina, e fui conseguindo me conectar a ela. O medo foi sendo suavizado pelo carinho, pela segurança de que eu não estava só. Reconheci que eu precisava de ajuda, e me deixei ser ajudada, e foi assim que fui deixando o fundo do poço.
Uma vez eu li que estar em depressão é como morrer e continuar vivo, acho que essa é a melhor descrição da doença. O que agrava, no caso da depressāo pós-parto é que além de continuar vivo, você precisa cuidar de um serzinho que depende 100% de você, não dá para simplesmente se trancar num quarto e dormir até passar.
Hoje eu entendo o que se passou comigo: eu sofri a perda e o luto da Juliana que deixou de existir, que se foi junto com o parto. Hoje não me sinto mais culpada em assumir que não existe um dia sequer que não sinta falta da academia, do cinema e do happy hour.
Ao mesmo tempo, conheci e estou aprendendo a ser feliz sendo a Juliana, mãe da Valentina. Vivo hoje uma paixão pela minha filhote que ilumina meus dias com seu sorriso banguela e com a doçura do seu olhar.
Eu faço questão de contar o que passei, não sou a pessoa que diz que ser mãe é a melhor coisa do mundo porque ainda não atingi esse estágio. E honestamente, nem tenho grandes expectativas quanto a isso. Penso que ser mãe é bom, assim como ser solteira é bom e ser casada também é. Cada coisa no seu tempo.

Essa mês Valentina fez 9 meses, ja voltei a trabalhar e consegui voltar para academia. Sinto falta dela a cada minuto, penso nela em cada momento do meu dia, mas não nego a alegria de reencontrar mais um pedacinho da Juliana de antes. Afinal, eu continuo gostando muito dela e é ótimo pra matar um pouco da saudade. 

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Eu tive coragem de viver...

Quando chegar no meu último suspiro, quando dobrar a última esquina, quando beber a última gota dessa vida, só quero ter certeza de uma coisa, que eu tive coragem.
Que eu tive coragem de andar ao lado do amigo que ninguém quer, o bandidinho que os pais pintavam, o pobrinho do qual os colegas de escola zombavam, o burro que meus professores ignoravam, o estranho que o pessoal do trabalho excluía.
Que eu tive coragem de ir atrás do amor, o amor pelo qual eu larguei aquele namoro de três anos, aquela cidade chata, a opinião da família, aquele amor que me consumiu as entranhas, que me fez feliz de uma forma que eu nem achava possível.


Que eu tive coragem de abandonar aquele emprego monótono, aquele que não tinha nada a ver comigo. A coragem que me fez ter três profissões, um milhão de experiências, ganhar o suficiente para ser tudo aquilo que eu sempre quis, ser feliz.
Que eu tive coragem de andar contra tudo aquilo que esperavam de mim, que consegui transpor a barreira do preconceito, do medo, do erro, da sorte. De escrever minha própria história. De ter tido amigos maravilhosos, alguns de merda, por ter achado o amor da minha vida por duas horas ou por duas décadas, de ter feito aquilo que meu espírito era capaz.
De ajudar, de sofrer, de rir, de correr atrás, de abandonar, de começar de novo, de remedar o que valia a pena.
Que eu tive coragem de viver. 

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

A mulher ao seu lado é o sonho de outrem

Mulheres gostam de verdades. Mas não acreditarão fielmente de que seu celular estava sem bateria, de que seus amigos gostam dela ou de que sua ex-namorada não significa mais nada para você. Mulheres gostam de maquiagens sutis e cabelos bem lisos. Mulheres têm olhos angelicais e diabólicos. Ambos funcionarão com você. Ambos te levarão ao céu ou ao inferno. Mulheres são péssimas motoristas. Mas são ótimas condutoras.

Mulheres que não bebem são boas. Já as que bebem são ótimas. Mulher anda como quem desfila. Como quem grita por aí tua tendência a ser miss quarteirão de todos os anos. Melhor do que perfume caro é cheiro de banho tomado. E, também, o cheiro da pele suada que empresta sua essência às camisolas mais leves. Melhor do que vestidos da moda são as nossas blusas sociais sortudas. Aquelas que por algum motivo foram esquecidas na segunda gaveta e agora faz parte do cabide principal feminino.
Melhor do que cabelos alisados é rabo de cavalo ou fios inteiramente despenteados. Mulher deve dormir encolhida e acordar quase me expulsando da cama. Mulheres que xingam são mais atraentes. Mas não xingue como um ser depravado. Mulher tem que ter pudor para saber como não tê-lo nas horas certas. Mulher não precisa saber cozinhar. Mas cabem algumas tentativas frustradas.
As bonitas que me desculpem, mas lindas são as mulheres inteligentes. Mulher tem que ser interessante. Mas nunca interesseira. Imperfeições são sempre bem-vindas. Uns centímetros a mais na cintura. Uns dedos dos pés assimétricos. Um nariz fino demais para teu gosto. E uma bunda pequena demais para os padrões brasileiros. Mulher tem que ter peito. E seios também. Mulher tem que se fantasiar de homem turrão, vez em quando. Mas nunca se esquecer de lacrimejar num filme bobo – mesmo que seja assistido pela décima oitava vez. Mulher tem que saber falar “Eu te amo” e “Eu quero transar”.
Mulheres gostam de perfumes, ciúmes e gargalhadas. Mas odeiam cócegas. Cócegas a deixam vulneráveis. Mulheres gostam de toque, de voz ao pé do ouvido e de carinhos no lóbulo da orelha. Se uma mulher gosta de você, você estará lindo com tua camisa mais cara ou com tua jaqueta mais brega. Mulheres são mães e filhas. Mas nunca a trate como você se fosse seu pai. Mulheres gostam de igualdade.
Mulheres são inocentes com aqueles pseudo-amigos que – no fundo, no fundo – querem roubar seus beijos. Não discuta. Nem tente ensiná-la a maldade que passeia pela cabeça de alguns meninos. Apenas aceite que a mulher que te acompanha é o sonho de consumo de vários outros por aí – nunca se esqueça disso. Essa é a lição mais importante que você tem que aprender.
Hugo Rodrigues
Link original http://www.entendaoshomens.com.br/a-mulher-ao-seu-lado-e-o-sonho-de-outrem/




quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

As melhores coisas do mundo...

Eu queria te desejar um monte de coisas, tantas coisas, porque esse ano foi difícil, e nas piores horas eu recorria ao remédio das listagens. Parece bobo, eu sei, mas isso, essas listas, me faziam lembrar que existem coisas pequenas, as mais tolas, e eram elas que me deixavam de pé. Eu sobrevivi, eu sobrevivi.
“As melhores coisas do mundo” é o nome de um filme, mas eu quero falar de sensações e de quem coleciona instantes.
As minhas melhores coisas que eu desejo pra você. Reciprocidade. Comida japonesa. Surpresas. Declarações. Demonstrações. Frio na barriga. Cócegas. Dopamina. Refrescância. Covinhas. Cheiro de perfume doce. Flanar. Epifania. Gozo. Sono. Crocância. Ajudar. Rimas. Trailers. Sentar de índio. Mistérios. Cafuné. Netflix. Melissa. Adrenalina. Infláveis. Mãos dadas. Chegar na hora. Produtividade. Aeroporto. Bilhete escondido. Ludicidade. Filmes.  Frio com sol. Silêncio. Prefácios. Wi-Fi aberto. Chorar sem motivo. Massagem. Prosa poética. Refrão. Endorfina. Sinestesia. Déjà Vu. Ocitocina. Eventos com lanche. Mudar de ideia. Gifs. Catupiry legítimo. Edredon. Cama. Chocolate branco. Carboidrato. Dizer pra caprichar e capricharem. Fotos com fundo borrado. Preliminares. Vésperas. Milhas. Férias. 
Ah, eu também te desejo muito beijo roubado. Abraço apertado. Bolo molhado. Like. Elogio. Presente pelo correio. Empatia. Fazer as pazes. Autenticidade. Números redondos. Cartas. Presentes. Presença. Barulho de água. Ganhar de virada. Sorvete de duas bolas com bastente cobertura. Queijo quente. Simetrias. Sábado. Quinta-feira. Pizza. Ser correspondido. Caça ao tesouro.  Luzinhas de natal. Natal. Simplicidade. Novidade. Abraço. Abraço bem demorado. Comerciais tailandeses.

Mas antes, um conselho poderoso. Agir com o coração é um evento sem imagem prévia. Pensar sobre as divisões políticas entre a razão e a emoção, é, irremediavelmente, racionalizar. Sentir saudade antes, a não preenchida, sem testar o risco, sem ir, sem provar como é olhar o risco dentro do próprio risco. Longe daqui, eu não sei como é, e eu pergunto aos outros como é, pra testar uma certeza que não é minha. Pulem antes por mim. Assim é a inércia, aquela que espera por placas de aviso, por alguém que nos diga: “pode mexer, não morde”. Eu lamento por tudo o que eu não posso, por já ter decidido antes que eu não posso. Mas só eu tenho a resposta, só eu posso me elogiar mil vezes, e depois de insistir, dizer pra mim: eu posso.
Você pode.
Já acabou Jéssica? Não, ainda não. Não te desejo macarrão com muito queijo ralado, mas muito queijo ralado com um pouco de macarrão. E eu gosto dos acidentes cotidianos que a gente não percebe, de uma gola manchada com os rastros do molho ao sugo, ou que você coloque a camisa ao avesso sem querer. As pessoas vão te olhar diferente, e você vai achar que é importante, mas você é importante, eu prometo.
Quando você ler isso, talvez pense em outra pessoa, e essa parte me fascina. Essa associação subliminar. Em toda a dor e toda a nostalgia, há uma imagem incompleta que embaça o meu pensamento enquanto leio uma reflexão alheia: as pessoas estão sempre falando de alguém. Com carinho ou não. Existe alguém nos dedos de cada pensamento teclado. Alguém que vocês enforcam ou pensam com carinho, alguém que eu vejo apenas o pescoço, não o rosto. Não importa, essa lista é pra você, porque a leitura é um tipo de transformação, há uma mistura minha e sua, e logo essa lista será outra lista, com as suas melhores coisas do mundo. 


quarta-feira, 22 de julho de 2015

Bom mesmo é ter alguém...








Dizem bem alto, bom mesmo é ser de ninguém. Mas baixinho, enrolada no cobertor em dia frio com meu amor, digo, bom mesmo é ter um alguém que me ama ao meu lado. 
Bom mesmo é ser de alguém e ter alguém, que você olhe para aquela pessoa e agradeça todos os dias por tê-la encontrado. Alguém que te abrace protegendo de tudo, mime, beije sem se preocupar se as horas estão passando.
Bom mesmo é ter um peito de te aconchega num abraço quentinho e te conforta, e não porque quer algo em troca, mas por simples vontade de te fazer feliz, protegida. 
Bom mesmo é ter alguém, que te faça imune aos azedumes alheios, as amarguras das pessoas e aos rancores passados, que te faça ver o lado feliz das coisas, te fazendo rir.
Bom mesmo é rir com a sequência do outro, em um filme de comédia, ou com, cócegas que quase te faz perder o fôlego. Bom mesmo é vê-lo sorrir junto contigo.
Bom mesmo é alguém que quer crescer junto contigo, não que te mime sempre, e a elogie sem parar, mas alguém que te critique quando errar, mostre seus defeitos para que possa te fazer acertar, te fazendo crescer, evoluir. Demostrando que o amor é um degrau e para evoluir é preciso que deem passos juntos em sintonia. Alguém que te faça entender que um passo errado ou em falso pode te fazer cair, mas um passo acertado te fará chegar ao topo.
Bom mesmo é ter alguém que faça parte dos seus planos, mesmo os menores, que tu incluas em suas atividades, e sonhos. Alguém que também te inclua na vida dele, que mesmo um passeio simples faça parecer uma aventura.
Bom mesmo é ter alguém que está presente nos dias de sol e chuva, que fica quando o frio congela a alma, e oferece o peito como abrigo, que é seu guia quando o sol é quente e o brilho quase queima os olhos.
Bom mesmo é ter alguém para confiar, contar suas fantasias, suas intimidades e segredinhos e aquela pessoa te escute sem te julgar, que guarde tudo aquilo para nunca te machucar.
Bom mesmo é ser daquela pessoa e querer a cada dia ser mais e mais, só dela, imaginar o futuro JUNTOS e aquela pessoa imaginar também. Bom mesmo é dividir as alegrias e tristezas, planos e fracassos, mas ter sempre dividindo e somando seus sentimentos, entre si, Juntinhos ♥





Ao meu amor  ♥

sexta-feira, 22 de maio de 2015

PALAVRAS DA AMIGA DA GAROTA QUE VOCÊ PERDEU.

Cara, ela teve que superar todos os momentos e eu tive que ouvir todos os lamentos que ela tinha pra contar. Você acha mesmo que depois dela superar e conseguir amenizar a dor que você causou, ela voltaria pra você? Você esqueceu, mas posso te lembrar. Quando ela pediu pra você ligar e você não ligou. Quando ela pediu pra você ficar e você se foi. Quando ela pediu pra você vir e você não veio. Quando ela pediu, por vocês, pra continuar e você desistiu. Ela me falou que essa coisa de dar e não receber, ter o que dizer e não ser ouvida, essa coisa de criar expectativas, acreditar e no final de tudo sempre se decepcionar, cansa. E confesso, rezei pra que ela se cansasse de você. Pra mim, que sempre estive ouvindo mais do que falando foi fácil, mas pra ela nunca foi. Eu espero que entenda que ela se cansou de você, que ela não quer mais te ver e que ela finalmente entendeu que, por mais que ainda carregue você em algum lugar perdido dentro dela, ela sabe que não merece pouca coisa. Então, melhor que você agilize seus passos como agilizou quando ela corria atrás de você. Melhor que você siga sua vida como quando você disse que seguiria e a deixou perdida. Melhor não bancar o inocente, o coerente, nem tentar culpá-la. Melhor seguir em frente como aquele dia que você debochou quando ela chorou. Se tem uma coisa que posso te dizer, é que dói pra caralho tentar desfazer um amor enquanto o outro já tem desfeito. É difícil pra cassete segurar as lágrimas ao ver o outro sorrindo de tudo. Mas não existe sensação melhor quando a gente consegue superar isso.
Ela sente sua falta sim. Mas nada que não consiga aprender a conviver com isso. Ela ainda pensa em como você a protegia, ainda sente falta da segurança que você passava, das risadas que você conseguia tirar dela e dos sentimentos mais sinceros que sentia ao te ver. Ela ainda sente falta de quando você tinha tempo pra ela.Ela ainda sente falta de quando você convidava pra sair e de quando você proporcionava os melhores momentos. Ela sente falta de quando era a sua primeira opção. Às vezes ela questiona sobre amor. Às vezes fica se perguntando se o erro foi dela ou era isso mesmo que ia acontecer. Ela sente falta de ouvir tua voz, de olhar o teu sorriso nascendo e se pondo pra ela. Ela sente falta das tuas birras, das tuas gírias, da tua memória que sempre falhava e esquecia onde colocou as chaves do carro e do portão. Ela lembra de cada conversa, de cada desentendimento nunca entendido que distanciou vocês dois. Os abraços, as bobagens e os ciúmes que tomaram proporções maiores e arrancaram de vocês o que já não conseguiam entender.Ela sente falta de receber você sem tanta espera, de te ter nos braços sem tanto sacrifício, de sorrir com você sem tanto esforço. Ela sente falta de ir deitar e ter a certeza de que logo cedo você ligaria. Ela sente falta de se sentir a pessoa mais importante que achava que era pra você, de te dar bom dia. Você pode ser aquele cara que deu a ela o céu, as estrelas e todas as constelações que possa imaginar, mas também deixou um grande vazio. Esse vazio esteve te esperando retornar, mas ela perdeu as esperanças que você voltasse e talvez se voltasse, não seria a mesma coisa. Nunca é a mesma coisa.
Ela nunca gostou de ficar horas no telefone, mas ficava com você. Ela nunca gostou de dizer pra onde ia, mas te ligava só pra você não ficar preocupado. Ela sempre reservava o final de semana pra mim e quando ela começou a reservar pra você eu compreendi e desejei toda sorte do mundo porque ela sempre foi uma garota azarenta pra caralho quando se fala de amor, mas nem sei se você foi sorte assim ou coincidência. Apesar da intuição, ela sempre se envolveu com babacas. Apesar de ter aprendido, ela sempre chorava pelos mesmos motivos. Ela odiava que interrompessem seu sono, mas amava quando você interrompia só pra falar um pouco sobre a saudade. Ela sempre era a garota que mais sabia sobre você. Sobre seus bicos, seus vícios e estalos de boca quando te faltava paciência. Ela sempre esteve com você, sempre esteve do seu lado, sempre se importou. Só você que não viu. Ele te amou demais, cara. Ela lutou pra não te esquecer, pra você não se tornar só mais que passou pela vida dela. Ela lamentava todas as vezes que vocês brigaram sem motivos. Ela ouvia músicas e lembrava de você. Lembrava dos momentos que passou ao teu lado, sorria, chorava. Ela acordava disposta pra te ver, ou ao menos, falar com você. Ela só conseguia dormir bem ao ver você bem também. Ela se culpava dia e noite, tantas vezes, tantos dias. Ela lamentava por ter te amado tanto e por ter te perdido. Ela falava sobre todas as vezes que você foi um idiota e mesmo assim, ela te deu chances. Ela contava sobre todas as chances que você não aproveitou. Ela chorou por essas chances que te deu e você nem se interessou. Ela se envolveu com outras pessoas pra te esquecer. Ela envolveu outras pessoas nesse caso que você deixou pra ela se livrar sozinha. Ela se tornou a decepção de outras pessoas por culpa tua. E onde você estava? Nem eu consigo imaginar o tamanho do amor dela por você, mas hoje ela sabe que foi você quem a perdeu.
Abaixa a bola, rapaz! Você agora volta achando que ela tem a obrigação de te receber. Cara, cê esqueceu do que fez? Cê acha que ela vai te responder como se nada tivesse acontecido? Cê acha que ela vai ignorar todas as noites em que perdeu o sono e te agradecer por isso? Você agora não entende do que ela ri porque não sabe do que ela chorou. Ela ri porque encontrou a graça nisso tudo, porque agora se sente livre de você e muito bem, obrigado. E se eu fosse você não forçaria a barra pra tentar entender porque ela anda sorrindo por aí mesmo depois do que cê fez, porque o sorriso dela já não é mais seu, já não é mais pra você. Cê perdeu.
Se isso for te confortar, ela sente muito e lamenta por tudo. Ela não esqueceu – e nem pretende esquecer – da pessoa incrível que você foi pra ela. Mas ela cansou da pessoa que você se tornou. Vocês não dariam mais certo e ponto final. Ficar nessa vai e volta o tempo todo desgasta aquele restinho de sentimento que ainda pode existir e que ainda luta pra resistir. Ela anda cansada. Cansada de colocar você em primeiro lugar na vida dela e ela não ser nem a terceira opção da tua. Cansada de perder noites de sono por quem está dormindo tranquilo. Cansada de tentar criar história onde não existe razões pra acontecer. Agora, tá tudo bem, tudo certo. Se quer ir mesmo embora, vai logo, some, desaparece. Leve tudo o que tem direito. Do amor a saudade. Do sorriso a lealdade que prometeste. E pelo amor de Deus, não volte, não force. Ela anda tentando fazer a parte dela. Portanto, esqueça dela enquanto ela tenta te esquecer. 

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

O amor sempre vai valer a pena, não se esqueça disso!!

É bem mais fácil ser frio. Beijos sem razões, sem entregas. Músicas boas para os ouvidos sem entender a letra, conhecer pessoas sem que elas toquem no seu coração. O mal do século não é a solidão, é o desapego.



































Pessoas tão lindas de almas tão vazias e corações ocos. Esse vazio é preenchido de bar em bar, beijos em beijos, pessoas em pessoas, sem nada para ter como um porto seguro. Ou apenas ter o orgulho, que te aquece quando tudo vai embora. 
Mas, esse mesmo orgulho e a solidão das companhias substituíveis, vai fazer você querer ter alguém. Porque todo mundo, por mais gelado, cruel e sozinho, só ficou assim porque seu coração em algum dia foi partido em milhões de pedaços. E lá no fundo o que mais deseja é que alguém o ajude colocar no lugar. 




Vai ser esse dia que você vai se entregar completamente, vai planejar uma viagem a dois, mochilão em junho, Vegas em dezembro. Ou apenas por falta de dinheiro uma pousadinha no alto do morro.

Você vai trocar festas e pessoas vazias por amor, nada será mais intenso que um sábado ao lado assistindo filme ou jogando pôquer ao lado de quem ama.
Vocês vão fazer planos juntos, escrever uma história perfeita, em que você vai amar pra sempre. 



Então, em um dia você vai amar tanto, que vai sentir medo de seu coração partir novamente e, você vai achar que terão pessoas melhores, mas não terão, aquela pessoa será a única.
Você vai querer espaço, mas vai perceber que só aquela pessoa te preenche. E você vai fugir, vai dizer adeus antes que ela diga e, essa pessoa vai embora e você vai arrepender e sofrer por deixá-la ir.




Você vai perder o amor da sua vida. Não espere uma partida, ou uma despedida no aeroporto pra perceber o que quer, amores de verdade são difíceis de encontrar.





Você pode até encontrar milhares de pessoas melhores que ela, mas nunca, nunca será como ela e você sempre por mais opções que tenha, vai querer só ela. Deixa esse orgulho de lado, esse coração frio, como diz Chorão, cada escolha uma renuncia 



E o amor sempre vai ser sua melhor escolha e ele sempre vai valer a pena !!!