sexta-feira, 7 de junho de 2013
Hoje jura amor eterno, amanhã nem olha nos olhos e, provavelmente, semana que vem encontra um novo amor. Hoje em dia, "te amo" virou "bom dia", "boa noite" e até mesmo "tudo bem?". Prefiro nunca ouvir um "te amo" a vida toda, do que ouvir um falso "te amo" todos os dias.
Qual é o significado do amor?
Amar alguém e sentir reciprocidade nisso, passear de mãos dadas com quem sabe usar aliança de compromisso, sentir aquele frio na barriga toda vez que se encontrar. Olhar nos olhos desse alguém e saber que ali há amor e que isso não precisa ser dito várias vezes ao dia. Ninguém quer frases decoradas, nem palavras repetidas. Quer sinceridade. Hoje, tudo está tão monótono que uma prova de amor se resume a uma atualização de status no Facebook, expondo uma felicidade que, às vezes, nem existe. Ou melhor, um amor que não existe.
Talvez eu tenha nascido na época errada. Queria ser do tempo em que uma serenata embaixo da janela era declaração de amor. Que versos e poesias eram feitas de um sentimento real. Gostaria de acreditar nas pessoas. Ao invés disso de te convidarem pra jantar sem segundas intenções, avisam da balada do fim de semana. Queria uma companhia agradável para ver um bom filme num sábado à noite. Queria mais simplicidade e menos aparência. Queria ficar sentado no silêncio absoluto ouvindo o som das ondas quebrando na areia vendo o pôr do sol. Queria que o amor de hoje fosse como o amor de antigamente. Aí eu acordei.
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